Posted by : Neko quarta-feira, agosto 21, 2013

 Olá, pessoal, tudo bom com vocês? Aqui está meio parado, não vi mais nenhum capítulo de outras fanfics sendo postados :c
Por isso vim trazer o primeiro capítulo e fiquei feliz de ver que já sei que alguém vai ler a minha fic :)
Bem, pessoal, confiram agora o primeiro capítulo!


 Expulsa de mais uma escola... É sempre assim que eu termino o ano, já foi a quinta desde que me mudei para a casa do meu pai. E para piorar a situação, meu pai decidiu se mudar para a cidade natal dele e é claro tenho que ir junto.
 Desde de que minha mãe desapareceu, meu pai, mudou completamente! Antes ele era divertido, ria de tudo, vivia fazendo brincadeiras e era feliz... Depois? Mudou completamente, vive preocupado, fala que eu só causo problemas, depois que minha mãe se foi, que vai me mandar para um orfanato, vive arranjando motivos para brigar comigo, como quando disse que minha mãe foi embora por culpa minha... Resumindo: ele está infeliz.
 Nunca consegui fazer amigos nas escolas nos últimos cinco anos, nem era porque eu só ficava um ano em cada uma, e sim, porque todos me acham esquisita. Ainda não sei o motivo certo - porque existem vários-, em vez disso, eu arrumo inimigas e brigas! Vamos dizer que eu não tenho sorte nenhuma desde que minha mãe... Bom não preciso falar de novo.
  Minha única companhia é Bllit, meu gatinho que eu ganhei de minha avó antes de seu desaparecimento. Ele é o gato mais carinhoso que eu já tive (ele foi o único que eu tive), um pouco folgado mas fora isso era perfeito... Pra mim! Ele era comprido, quase todo marrom com as patinhas brancas, magrelo e tinha olhos verdes. Quando estou triste, parece que ele sabe, vem direto pra perto de mim e fica se esfregando, fazendo charme. E agora nós dois estamos indo para outra cidade, começar uma nova vida.

 Arrumei minhas últimas coisas em caixas de papelão e malas. Coloquei no caminhão de mudança, peguei Bllit e entrei no carro. Viajamos mais ou menos umas três horas, não falei quase nada o caminho inteiro. Devo ter cochilado umas duas vezes antes de chegarmos. Quando chegamos, sai do carro e parei na frente da porta da nova casa, era grande, arredondada e branca. A casa era azul bebê com dois andares. Entrei e fui pro meu quarto, o caminhão de mudança tinha chegado antes, então meu quarto já estava com algumas das mobílias, as paredes eram roxo claro e o chão era de madeira, fiquei surpresa quando vi um pequeno lustre pendurado. Acho que meu pai estava tentando mudar um pouco as coisas, recomeçar. Mas ainda não estou muito bem com essa nova mudança. Amanhã as aulas começam, legal, mais um lugar para ganhar a fama de esquisita.


  Depois de terminarmos a mudança, meu pai fez o jantar. Estava comendo em silêncio até que ele disse:

- O que achou da casa?
- Ãhn?... Ah, sim, achei legal, bonita... - Eu respondi meio distraída. Então ele continuou:
- E o seu quarto? Gostou?
- Gostei, principalmente do lustre!
- Eu sabia que você ia gostar... Sua mãe que escolheu...
- Espera ai - Eu o interrompi - Mi..Minha mãe???
- É, bem... - Ele demorou um pouco para continuar - ela escolheu antes de... bem, você sabe... então me disse para colocar no seu quarto, só que eu esqueci e como acabamos de nos mudar decidi colocar, pra você ter uma lembrança dela. - Ele sorriu e continuou comendo. Eu voltei a comer com um sorriso no rosto por ficar sabendo disso.

Terminei o jantar e fui pra sala assistir um pouco de televisão. Meu pai se sentou ao meu lado e Bllit se deitou no meu colo e nós ficamos assistindo Marley & Eu.

- Sabe você se parece muito com sua mãe.- Disse ele sorrindo para mim, e era verdade, eu e minha mãe tinhas cabelos castanhos claros ondulados, olhos verdes e nós duas eramos altas. Quando olhava fotos dela, quando pequena, praticamente me via - Não só na aparência. - Ele me deu um sorriso sarcástico e eu bufei, mas fazer o quê? Era verdade, nós duas tínhamos gênios muito fortes e éramos teimosas.
Meu pai olhou o relógio na parede e me avisou:
- Olha só, já são dez horas...Hora de ir pra cama, Mellody!
- Ah, pai... - Eu respondi choramingando.
- Não, nada de "ah, pai" amanha você vai acordar cedo! Agora vá escovar os dentes e pra cama. - Ele me repreendeu com rosto sério, mas com o tom de voz doce. Olhei pra ele com cara feia e disse:
- Tá bom!
 Subi as escadas e fui para o banheiro, escovei os dentes e prendi meu cabelo em um rabo de cavalo, fui até a ponta da escada e disse boa noite ao meu pai, peguei Bllit e fui pro meu quarto. Antes de ir dormir, fiquei deitada olhando para o lustre e pensando em como meu pai estava diferente essa noite, acho que realmente ele quer recomeçar as coisas. 

Acordei com meu pai me sacudindo e dizendo: "Mellody, Mellody... Acorde, está na hora". Acordei, me espreguicei e fui para o banheiro, escovei os dentes e penteei o cabelo, deixei o cabelo solto e como sempre passei meu lápis de olho. Como estava meio frio, coloquei uma calça jeans, uma camiseta  roxa e uma blusa de moletom cinza de zíper,  fechei até o meio e coloquei meu tênis. Desci as escadas e meu pai já tinha feito o café. Antes, coloquei comida e água para Bllit. Peguei torradas e passei geleia nelas, tomei suco e depois comi um bolinho de chocolate. Meu pai me deu carona, parou no portão principal e eu entrei. Antes de chegar dentro da sala de aula, olhei pela janela e vi que estava a maior algazarra, todos os alunos conversando, achei que ninguém ia me perceber... Falei cedo demais, assim que entrei um silêncio absoluto tomou conta da sala e dezenas de olhares se voltaram para mim. Olhei ao redor e procurei uma carteira, sentei na mais próxima, peguei meu livro na mochila e comecei a ler. Alguns murmúrios e risadinhas foram ouvidos e logo depois o professor entrou na sala, era aula de história.

- Bom dia alu... ora, vejam só, uma aluna nova! - Disse o professor me deixando constrangida , e para piorar:
- Olá, sou o professor Carlos, de história, qual seu nome e idade mocinha? - Carlos era alto, com cabelos e olhos castanhos. Ele me encarou sorrindo, esperando uma resposta, percebi que não tinha escapatória, tomei fôlego e disse:
- Mellody, tenho 14 anos.
- Garota bonita!! - Alguém gritou no meio da sala me deixando ainda mais constrangida, comecei a corar.
- Quem disse isso? - Disse o professor olhando em volta na classe, várias risadinhas ecoaram na sala, até que um menino com cabelos encaracolados e olhos castanhos se levantou e disse:
- Fui eu! - Ele me olhou nos olhos e sorriu, fiquei ainda mais corada. Virei para frente e voltei a ler meu livro. Depois disso, a aula foi um tédio! Fiquei desenhando na última folha do meu caderno, já que não tinha nada pra fazer. Até que o professor começou a passar um texto na lousa, comecei a copiar. Então uma aluna atrás de mim reclamou:
- Professor não estou conseguindo ver!
O professor olhou para a menina e depois olhou para mim.
- Mellody, você é muito alta para ficar aqui na frente hum... Jack, troque de lugar com ela.
Olhei pra trás e o menino que ia trocar de lugar comigo sentava lá no fundo. Juntei minhas coisas e fui até lá, se já não bastasse a vergonha que eu tinha passado no começo da aula ficou ainda pior quando eu vi quem sentava do meu lado: o mesmo menino que disse que eu era bonita.
- Oi! - Ele disse assim que eu me sentei, estava sorrindo...E que sorriso!
- Ah, oi. - Eu respondi, ainda meio envergonhada,
- Me chamo Felipe, desculpa por deixar você envergonhada no começo da aula... Bem, eu queria entreter um pouco o pessoal.
- Se entreter quer dizer, deixar os outros sem graça... Então você conseguiu! - Nós dois rimos, mas acho que rimos um pouco alto porque o professor parou de escrever ficou procurando de onde estava vindo a risada. Nós dois abaixamos as cabeças e nos olhamos rindo baixinho.

Na hora do recreio sai quase por último, com Felipe logo atrás de mim.

- E então Mellody, o que está achando da escola? - Ele me perguntou.
- Me chame de Izzy. Bom, ainda estamos no primeiro dia, não tenho muita coisa para achar! - Eu dei um sorriso e ele também - Você já estudava aqui não é?
- Sim, estudo a três anos I-z-z-y... - Disse meu apelido em silabas - Vai gostar daqui, o pessoal é legal, exceto... 
- Olha só, então está é a novata? - Uma garota com cabelos caramelo e olhos castanhos interrompeu Felipe, ela estava com uma calça jeans e uma camiseta regata preta, atrás dela estavam mais quatro garotas, todas com rabos de cavalo e estavam com roupas parecidas com a garota de cabelos caramelo.
- ... Exceto por Sindy e seus clones. - Felipe terminou, falando baixinho perto do meu ouvido.
- O que disse, Felipe?
- Eu? Não disse nada - Ele respondeu, sarcasticamente.
- Bom mesmo! E você novata? Não fala, não? - Ela disse com tom sério e me olhando com frieza.
- Ah... Oi, sou Mellody. - Estendi a mão achando que ela iria apertar, mas Sindy só me olhou com cara de nojo e me mediu da cabeça aos pés.
- Hunf... Você não tinha nada melhor para vestir? - Assim que disse isso os "clones" dela riram de mim, eu já estava ficando furiosa, já lidei com garotas desse tipo e eu não ia aturar mais uma!
- Escuta aqui Sindy, eu visto o que eu quero e o problema é meu! - Disse aquilo com toda a vontade que eu tinha.
- Está querendo me enfrentar?
- Bom, se a carapuça serve... - Eu já estava nariz a nariz com aquela patricinha idiota.
- Uou, meninas, chega com isso, certo? - Felipe entrou no meio de nós duas e nos separou.
- Ah, então você tem que apelar pro amiguinho, Mellody? - Ela disse meu nome com tom de nojo, me tirando do sério, eu dei um passo a frente, pronta para bater nela, mas Felipe me segurou.
- Chega, Sindy. - Felipe olhou para ela com olhar sério.
- Ok, nos vemos depois novata... Vamos meninas. - Ela virou e saiu andando seguidas por seus clones.
- Ufa...
- Ufa?! Felipe, eu ia acabar com ela porque não deixou?? - Eu disse aquilo com raiva, eu podia ter acabado com ela!
- Olha, eu te livrei de uma tremenda encrenca, mesmo que você acabasse com ela, de qualquer maneira ela iria dar um jeito de fazer você perder, ou se dar mal! - Ele disse aquilo segurando em meus ombros e me olhando nos olhos, não sei porque mais tive uma vontade de abraçá-lo.
- Ta bom, dessa vez está perdoado, mas na próxima...
- Eu deixo você acabar com ela. - Nós dois rimos e fomos para o refeitório. Era grande e espaçoso, com várias mesas espalhadas.
 Pegamos bandejas e começamos a nos servir, depois sentamos em uma mesa com algumas meninas. Ficamos em silêncio enquanto comíamos. O sinal tocou e voltamos para a sala de aula. As duas últimas aulas foram um tédio como as primeiras. Quando deu o sinal para irmos embora, desci as escadas junto com Felipe e nós dois ficamos esperando, sem dizer nada, nossos pais. Assim que meu pai chegou, Sindy e os clones apareceram, eu nem liguei acenei para Felipe e entrei no carro.

Continua...

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