Posted by : C.C
terça-feira, outubro 08, 2013
Os camiões dos circos estavam prontos a sair. A estrada parecia uma pista de brincar de um menino rico, cheia de carros.
Luka e Ruka seguiam juntas com os seus circos até ao aeroporto onde depois cada uma continuaria para o seu destino.
O aeroporto estava congestionado e mesmo com o avião reservado havia tanta gente que era impossível embarcar.
Ambas as irmãs estavam preocupadas. Se não conseguissem embarcar entretanto os animais acabariam por se transformar em pleno voo e alguém poderia descobrir. Isso e a tatuagem nos restantes membros do circo.
Quase a desesperar, e prontas para irem falar com a direção do aeroporto, sentem algo quente no peito. Puxando para fora os seus fios reparam que a pedra está quente e a brilhar. Um sinal de que outro possuidor de mistério estava por perto.
Cada um dos catorze mistérios possuía uma pedra preciosa que o representava. Luka, o sexto mistério, carregava uma pedra de jade e Ruka, o décimo mistério, carregava uma pedra de jaspe.
As irmãs entreolham-se. O facto de estarem juntas tornava-as mais fortes pois por serem gémeas, as únicas de todos os mistérios, podiam conjugar os poderes aumentando a sua força. Mas ter de proteger os circos e no meio daquela multidão era difícil. Além de ser de dia, altura em que eram mais fracas.
À medida que as pedras brilham mais intensamente elas dão as mãos num ato de tréguas e prontas a atacar.
Na porta de desembarque um homem e uma rapariga observavam a multidão. Abrindo caminho por entre a montanha de pessoas conseguem alcançar as gémeas. O olhar delas era de pura surpresa e alívio.
- Primeiro? O que fazes aqui? - É Luka a primeira a falar largando a mão da irmã.
- Que bom ver-vos novamente Luka e Ruka. Vim pedir-vos um favor.
- Favor? - Ruka cumprimenta com um aceno.
- Esta rapariga, - A jovem que o acompanhava sai detrás dele. - é o décimo quarto mistério. Acabou de despertar e preciso que a instruam.
- Porquê nós? E porquê juntas? - Luka não parecia convencida.
- Vejam isto como o expandir dos vossos negócios. Boa sorte!
O homem desaparece. Komui, o primeiro mistério. Um homem confuso de entender. A franja do cabelo caía-lhe sobre o olho esquerdo onde tinha a sua pedra incrustada, um diamante.
Quase nada se sabia dele. Era um mistério nos dois sentidos.
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Komui |