Depois de quase 2 anos voltámos. A história é da minha autoria e da Flávia. Não escrevia num blog há tanto tempo... Olá a todos!!!
O sol escondia-se atrás das árvores altas no limite da cidade. As
pessoas vindas dos diversos trabalhos caminhavam apressadas para voltar para
casa. Em passos mais lentos andavam os vendedores de rua que ainda não tinham
desistido.
Entre eles, uma jovem debaixo de uma capa preta desbotada, mas bem
preservada, tentava vender plantas curativas. Quem sempre a via sabia que ela
só aparecia por àquela hora e só ia embora quando a lua já ia alta. Embora a
sua presença fosse constante por ali ninguém sabia quem era, nem tinham
curiosidade. Algumas desconfiavam que estivesse gravemente doente e por isso se
escondesse. Era o suficiente para não se interessassem nela.
Valerie fechou os olhos, virou-se contra os últimos raios de sol e
finalmente abriu os olhos. À sua frente uma mulher desconfiada espiava a cesta.
— Com estas plantas a sua filha voltará a correr. – sussurrou a jovem
vendedora.
Assustada, a mulher levou as mãos ao coração e recuou. Valerie recuou
também por sentir uma tontura conhecida.
— Como sabes que ela está doente?! – A mulher tinha se aproximado para
não ser ouvida por outrem. As suas mãos queimadas pelo sol excessivo tinham
vários cortes onde o sangue espreitava. Tal como Valerie, ela tinha uma capa
que lhe cobria o corpo.
— Fique longe de mim! – rangeu.
— Quero as plantas! Não sei como sabes, mas eu preciso saber se resulta.
Subitamente, aquela pobre mãe chorava. Esquecendo tudo se ajoelha e
agarra a perna de Valerie continuando o choro lento.
Num movimento rápido, a jovem
inspecciona a rua e lentamente baixa o capuz.
— A sua filha precisa de tempo e de um ambiente melhor. Leve-a para o
campo. Em casa dos avós de certeza recuperará.
Quando a mulher levantou a cabeça para
se levantar não acreditou no que viu. De olhos arregalados, contemplou Valerie.
Os seus olhos completamente negros não mostravam expressão, mas esboçava um
sorriso doce e vermelho, que contrastava com a sua pele branca cor de neve sem
imperfeições. O cabelo era uma cascata acobreada.
— Não estás doente… Parece uma princesa. – a mulher até mudara a forma
de tratamento suspeitando ser verdade.
— Que esse segredo esteja entre nós e o céu. Tome a cesta.
Valerie deu a cesta em mãos à mulher demorando-se no gesto. Voltou a
tapar a cabeça e caminhou em direção à estrada para fora da cidade.
— Espere! Não quer a cesta? Quem é?
— Fuja.
Naquela altura sempre que alguém dizia para fugirem todos seguiam a
ordem. Tinham medo e por vezes com razão.
A vampira levou a mão à boca lambendo o
sangue que ficara ao entregar a cesta. A noite tinha finalmente chegado e ela
podia voltar para perto dos outros.
Ela não tinha necessidade de andar
a deambular pelas cidades a vender coisas aleatórias. Era tudo um teste de
resistência. Resistência ao sangue. O contato com os humanos fortalecia-a.
Muitas vezes tinha sido assim que tivera sangue dado de bandeja por eles mesmos
sem se aperceberem da sua verdadeira natureza.
Os vampiros eram espertos. Se
fossem cautelosos e bons na conversa os ingénuos nunca suspeitariam. Todos se
arriscavam demasiado.
Durante o caminho, vários nobres
ofereceram boleia a Valerie. Alguns da idade física dela, outros mais velhos.
Uns maliciosos, outros preocupados.
Ela tinha tirado a capa e dobrado-a
debaixo do vestido por isso os nobres achavam que fosse alguém da sua laia e
estivesse perdida.
Por fim, a carruagem, que ela
esperava, chegou e sem cerimónias entrou dentro dela.
— Onde está a cesta? – perguntou o
rapaz que estava deitado no banco frente a ela. Ele tinha a roupa de um nobre,
mas não as maneiras de um. A camisa estava aberta e os sapatos no chão. O
cabelo preto curto estava despenteado contra a parede e os olhos também pretos
encaravam-na em transe.
— Esqueci. – disse ela também se
deitando.
— Cheiras a sangue velho.
— Cheiras a sangue sujo. – ripostou
ela levando as mãos para cima, como se quisesse tocar o teto da carruagem.
Começou a divagar em memórias
passadas e sugestões do futuro. Em breve teria de partir para terras distantes
novamente. No máximo permanecia num lugar por 5 anos. A partir dessa altura as
pessoas começavam a desconfiar o porquê de ela não engordar e amadurecer como
todas as jovens ao seu redor.
Era o mesmo com Thomas, que por
essa altura o perseguiam para ter família
Podiam ser jovens da nobreza ou até os pais das mesmas que queriam ver
as filhas casadas com homens interessantes.
Aos olhos de todos eles, Valerie e
Thomas eram interessantes…
Enquanto que eles próprios
denominavam-se viajantes sedentos, pensou Valerie.
— Há muito tempo que não vemos
Lobisomens… - disse o vampiro cortando a linha de raciocínio dela depois de ter
rido do proferido antes.
— Eles nunca estão longe. –
assegurou franzindo o nariz como se a ideia a repugnasse. Não era de todo
mentira. Se havia algo que era incontestável era a luta eterna dos dois seres.
— Chegámos. – informou Thomas
sem ter mexido um centímetro.
A carruagem ainda andava. A vampira
de cabelo acobreado ergueu-se e espreitou pela janela. Do lado de fora uma
mansão soberba e escura ocupava o seu campo de visão. A fachada parecia um
castelo em tamanho pequeno. Uma fortaleza talvez. Não se viam guardas. Duas
tochas iluminavam a entrada e uma mulher que os esperava. Toda ela era cor do
fogo.
Os monstros tinham chegado a
“casa”.
Ainda estou confusa com o regresso aqui ao blog. Que saudades! Espero que tenham gostado de mais um capítulo de Eternal Fight e Bom Ano!
Eternal Fight - Cap.2
(Este texto é muito longo. Quem quiser saber da minha vida pode ler... Podem também, se quiserem, ler só o primeiro e últimos 4 parágrafos. Tem o essencial.)
Feliz 2014... Atrasado, atrasadíssimo, mesmo muito atrasado. Vocês entenderam. Parece mentira, mas aqui estou eu voltando a blogar depois de tanto tempo longe. Peço muita desculpa porque sei que é inconveniente deixar um blog às moscas sem sequer dizer nada. Acho que só o post de hiatus me assombrava por isso não escrevi quando devia. Depois passou o tempo e nem avisar as outras postadoras consegui... desculpem. Também existe sempre a ideia que vamos voltar logo então para quê escrever? Contudo isso não aconteceu.
Passei a manhã entre as tarefas a pensar como escrever este texto. Para mim é muito mais fácil pensar e dizer do que propriamente escrever. Talvez isso ajude a explicar porque não escrevo posts com a frequência que queria. Vou resumir os meus últimos meses para perceberem o que andei a fazer.
Em novembro entrei na faculdade. Foi uma grande reviravolta na minha vida porque isso significava deixar para trás a minha casa, os meus amigos e a minha amada rotina. Fiquei contente quando vi os horários de aulas. Eram perfeitos. Tinha quase todos os dias tardes livres e assim. Achei que afinal a minha rotina não iria ser assim tão diferente. Enganei-me. As manhãs eram e são passadas numa correria silenciosa, já que tento ao máximo não acordar a minha colega de quarto... Ela estuda de noite. As aulas são grandes e cansam mentalmente. Passamos grande parte do tempo em frente a computadores o que me faz querer ficar longe deles quando chego ao quarto. Ironicamente, para me distrair tenho 33 jogos no smartphone.
Claro que não passo a resto do tempo a distrair-me. Tive uma disciplina com uma matéria extensa e um tanto complicada. A matéria estava toda em inglês então era como estudar duas disciplinas ao mesmo tempo. Passei grande parte das tardes a estudar para essa e outras disciplinas. Houve inclusive um dia que acordei muito cedo e fui para a casa de banho estudar. No fim compensou.
Em dezembro com as férias de Natal pensei que seria a minha chance de voltar. A fase de adaptação já tinha passado e ia estar em casa. Assim que fiz o login no blogger tive um momento de inspiração para layouts. Fiz alguns. Para as senpais e para mim. Só que a inspiração para postar não vinha. Com a aproximação do dia de Natal o pc ficou esquecido.
Chegou janeiro e fevereiro. O horário mudou para pior e as coisas voltaram a complicar-se. Quando chegava a casa era quase de noite. Entre arrumar o quarto, estudar, jantar, falar com os meus pais e amigos via skype, não me restava tempo nenhum. Eu tentava deitar-me cedo para não acordar mal disposta, mas acabava sempre ficando acordada até às horas que a minha colega de quarto chegava, já que ela provavelmente me acordaria. ^^"
Com a vinda de março veio o fim de semestre. Fiquei muito contente quando vi as minhas notas finais. Tive uma boas notas e férias já que não tive de fazer nenhum exame. Não estou numa licenciatura mas, sim, num curso técnico. Os exames finais do ano passado foram muito stressantes e não consegui as notas mínimas para entrar numa licenciatura.
Hoje (Ontem porque já passou da meia-noite) é o meu último dia de férias. Amanhã (Hoje. Demorei mesmo muito a escrever este texto) vou voltar a mais uma rotina sempre diferente. Contudo estou com uma perspectiva diferente. Pretendo organizar melhor todo o meu dia de modo a conseguir fazer tudo aquilo que gosto e tudo o que tenho para fazer. Sei que não vai ser fácil. Quem me conhece bem sabe que eu sou a preguiça em pessoa. Eu preciso de motivação, desafios, uma dose de boa vontade. Talvez se me imaginasse como um robô conseguiria...
Brincadeiras à parte espero que me voltem a aceitar por cá. Se tudo correr bem estarei a postar todas as semanas. Isso é um feito. Eu gosto muito da blogosfera. Estou cá desde 2009 e não pretendo dizer adeus tão cedo.
Quando criei este blog mais a Flávia-chan, eu queria um lugar onde pudesse rever o meu primeiro blog. O meu primeiro blog foi de histórias. Eu adorei-o. Eu escrevia e escrevia o que a minha imaginação me mostrava. Quando o eliminei e criei o meu blog pessoal senti falta das histórias só que não queria misturar as duas coisas. Na minha cabeça fazia sentido um blog só de fanfics. Para muita gente também é assim, então lancei-me neste projecto. Um blog de fanfics para conhecer outras fics e pessoas legais.
Acho que já escrevi tudo. Sei que foi um texto longo e que muita pouca gente lerá, mas ao menos estou mais descansada. Qualquer coisa digam nos comentários. Se quiserem podem me adicionar no google + e falar por lá. Eu adorava conversar convosco. Sempre tenho mais flexibilidade nisso já que tenho o smartphone. O meu perfil é +DanielaDinis. Aquilo está às moscas mas pretendo começar a partilhar coisas e assim. É isso. Adeus e até já.
O que se passou comigo nos últimos meses...
Oi pessoal! Um membro do nosso Staff fez anos dia 25 e hoje estou a fazer este post de comemoração. Era para ter sido mais cedo mas não deu. Desculpa-me Juliana-san ^^"
Parabéns! Espero que tenhas tido um dia especial e que os teus desejos se realizem! Claro que nunca é tarde para fazer uma festa, pior é fazer antes então aqui vai!
Espero que tenhas gostado. Felicidades!
Parabéns! Espero que tenhas tido um dia especial e que os teus desejos se realizem! Claro que nunca é tarde para fazer uma festa, pior é fazer antes então aqui vai!
Não sei porquê gostei deste gif XD O problema é que está a comer o bolo...
Mais bolo. Acho que uma das coisas melhores dos aniversários é o bolo, não?
Se quiseres alguma coisa de prenda é só dizeres (eu não faço milagres no entanto ^^")
Espero que tenhas gostado. Felicidades!
Parabéns Juliana!
Hallo Leitores!! Desculpem a minha ausência, e o grande atraso do primeiro capitulo de LLK, no entanto tive uns problemas (explico melhor no Pankax). No entanto sem mais atrasos aqui fica o primeiro capitulo de LLK no OS (^ u ^). Kissu*
Era o primeiro dia de aulas no Colégio DayStud, a turma 3 do 1Oº ano começava mais um ano lectivo com a disciplina de Matemática.
- Bom dia! Como podem ver sou a vossa professora de Matemática. Espero que possamos ter um bom ano - disse a professora sorrindo enquanto olhava para o livro de turma que levava na sua mão.
Era uma professora algo jovem, deveria ter uns 3O e tal anos e vestia-se de uma maneira um pouco... atrevida.Trazia uma camisa branca com os 3 botões de cima abertos, fazendo um decote algo notável para os jovens rapazes adolescentes, e com uma mini saia justa preta, mostrando as suas pernas bem cuidadas. O seu cabelo ondulado trazia uma fita a compor a sua franja.
A mulher depois de ver toda a capa do livro decidiu abri-lo na página onde se encontra os nomes dos alunos da turma, conferiu todos os nomes e depois sorrindo olhou, finalmente, para todos os alunos que permaneciam quietos a olhar para a sua nova professora.
- Quero que todos vcs se apresentem. Vou chamando conforme me apetecer - neste momento olhou para uma aluna que estava sentada numa carteira que estava encostada à janela - Quero saber tudo!
E foi assim que tudo aconteceu até a professora chamar:
- Knight!
- Eh?! - exclamou a menina que estava sentada nas ultimas filas na mesa encostada à janela - sou eu? Já? Ok… - disse a menina, ainda sentada apontando para si, à menina que estava na mesa a seu lado- ‘’ainda não consigo apresentar-me… tenho tanta vergonha… É frustrante’’
A menina que estava sentada a seu lado sussurrou – ‘’Rafaela, Respira Fundo!’’ – a menina era uma colega de Knight, tal como todos os alunos daquela escola também ela trazia vestido o uniforme e tinha o seu cabelo escuro preso com uma enorme trança que descaía para a frente. A menina ficou sentada a olhar para Knight que respirou fundo, levantou-se e seguiu para o quadro. Knight era uma rapariga com cabelos castanhos, encaracolados que estavam soltos e uns olhos cor de avelã, também tinha vestido o uniforme da escola, este era constituído por uma saia preta e uma camisola branca com o símbolo da escola do lado direito do peito. A menina estava completamente envergonhada e nervosa, quando chegou ao pé do quadro voltou a respirar fundo, virou-se para os colegas e começou:
- Hmm... Olá! …
- Menina Knight, acalme-se – disse a professora – comece pelo nome.
- Ok! … Eu sou a Rafaela Knight, é um prazer! - Inclinou-se fazendo uma vénia a todos os seus colegas, mas depois lembrou-se de um episódio no seu passado em que ela aprendera que quando se apresenta diz-se o seu nome completo – ah! pois é..completo – sussurrando para si mesma. Mas olha para a sala cheia de colegas que ela não conhece e começa a falar um pouco mais depressa - sou a Rafaela Joana Moser Knight, nasci no dia 9 de Março de 1992 e como a maioria de vocês tenho 15 anos. Amo a minha família e amigos, amo a Musica e o Desenho e por isso toco Oboé. Mas a Matemática e a Culinária não são comigo …- fez uma pausa para respirar - E…
Rafaela estava prontíssima para continuar a falar depressa para terminar em pouco tempo, mas alguém a interrompe o que a deixa ainda mais nervosa.
- AHHHH! Knight?
- ‘’o que foi que eu disse?’’ sim… professora? – disse Rafaela a olhar para a professora com uma vontade enorme de sair dali.
- Tu és Knight! – Rafaela, completamente vermelha, acenou que sim – Também pertences àquela família da Fundação da Lei??
Rafaela olhou para a professora com uma cara de espanto e estranheza. A professora apenas sorria de uma maneira que deixava a jovem Knight um pouco insegura. Para Rafaela falar sobre a sua família era um pouco complexo, porque o que seria normal na família dela não o era no mundo em geral. Não que a sua família fosse anormal, apenas vivem com certas coisas que outras famílias não têm. Além do mais Rafaela nunca se sentia segura ao falar no que faria a sua família pelo simples facto de não saber quem é curioso e quem quer destruir a família Knight e devido a esse medo, a menina nunca revela muito sobre a sua família.
- Bem… – Rafaela hesitou em falar, era algo que nunca falaria com desconhecidos, muito menos na primeira vez que os via.
- Ahh! Que engraçado! Ainda bem que és a ultima! - disse a professora com um sorriso na cara, como se a menina tivesse afirmado a sua pergunta. Mas mais uma vez, este não era um sorriso normal, a Rafaela sentira um calafrio. Aquele sorriso parecia-lhe estranho, no entanto como não sabia o porquê convenceu-se que era apenas devido ao seu nervosismo - Então quem são os teus pais?
- Os meus pais?… - mais uma vez, Rafaela hesitou, ela estava a achar cada vez mais estranho a professora falar na fundação, ainda mais estranho querer saber quem são os seus pais.
- É mentira, stora! – a Rafaela ao ouvir aquela voz levou o seu olhar para o aluno, este levantava-se com o braço levantado e apontando para ela – Nessa família não há nenhum menor de idade! – Rafaela notou no seu rostro um sorriso e um olhar desafiadores, ela não compreendia porque ele estava assim, pelo simples facto de que acabara de o conhecer - os irmãos Knight tiveram, ambos, filhos, mas todos são maiores de idade, os homens já estão velhos!
A jovem Knight já não sabia o que pensar. Primeiro uma professora que parece conhecer coisas sobre a sua família, mas quer saber mais e depois este rapaz que nunca o viu na sua vida que parece saber muito. Ambos estavam a deixar a pequena ainda mais nervosa e insegura.
- É verdade o que ele diz? – disse a professora – Está a mentir-me?
- É verdade o que ele diz? – disse a professora – Está a mentir-me?
- Não! Não é! – disse Rafaela sem saber o que dizer. Por um lado queria provar que não estava a mentir a ninguém, mas por outro lado, era muito estranho alguém saber tanto e fazer tantas perguntas sobre a família dela. Ela estava confusa, já não sabia o que dizer nem fazer para eles pararem com as perguntas.
- A menina não pode mentir! – disse a professora com um tom provocante.
- Mas… mas… - Rafaela já desesperava, começava a desejar que fosse um sonho e que depois ela ia acordar com o seu pai a chamá-la porque ela atrasou-se para ir para a escola, Rafaela esperava mesmo que acordasse deste sonho.
- É verdade! A Rafaela diz a verdade! – disse a menina que estava sentada ao lado de Rafaela, levantando-se. Notava-se que ela sentia-se da mesma maneira que Rafaela, não entendia o porquê deste interesse da professora e muito menos o desafio do rapaz.
- Que sabes tu, Holden? – disse o rapaz, olhando para ela com aquele sorriso.
- Mais que tu, João Gonçalves! – disse Rafaela irritada
- Não sei… de certeza que sei mais que vocês… - disse o rapaz. Notava-se que ele tinha o prazer de estar ali a atormenta-las, principalmente, atormentar a Rafaela.
- O quê? – perguntava Rafaela, ela seguia sem entender porque aquele rapaz estava ali a provoca-la. Notava-se que ele estava a gostar disso, mas… porquê a Rafaela?
- Uma vez que tenho pai e mãe enquanto tu, Holden, não tens pai! – disse o rapaz virando-se para Holden.
A menina ficou muito abalada e Rafaela furiosa. Quando o rapaz viu a cara de Holden sorriu de satisfação, e depois virou-se para Rafaela só para ter o prazer que sorrir na cara dela. Rafaela odiava que dissessem isso de Holden pois sabia o que ela sofria com isso, sabia que não era nada fácil para ela não ter pai e sabia a dor que a amiga tinha quando se falava nele.
- O que disseste, João? – disse Rafaela irritada, já passara na mente de Rafaela que ele se levantasse dali e fosse magoar a Holden ou ate mesmo a si mesma, por isso estava pronta para defender.
- O mesmo te digo a ti, Knight! - seguia João com o tom provocador – a tua mãe também morreu…- fez uma pequena pausa para pensar em algo muito malévolo- digamos que enquanto cá esteve não fez nada de jeito…
- Cala-te! E que sabes tu? – Rafaela tentando controlar-se, e dar desprezo ao rapaz que continuava a falar.
Rafaela era calma por natureza mas não conseguia acalmar-se com o rapaz a provocá-la assim, muito menos a remexer em feridas e passados dolorosos, usando aquelas palavras. Ela já sofrera muito e nunca ficara assim tão enervada com alguém.
Rafaela era calma por natureza mas não conseguia acalmar-se com o rapaz a provocá-la assim, muito menos a remexer em feridas e passados dolorosos, usando aquelas palavras. Ela já sofrera muito e nunca ficara assim tão enervada com alguém.
- A tua mãe de certeza que se matou… espera… ela morreu para proteger-te, não foi?… mais-valia teres sido tu a morrer e não ela!
- Menino Gonçalves, não se diz isso – disse a professora com indiferença ao que se estava a passar, a Holden ficou com a pequena noção que a professora disse aquilo apenas por dizer.
A professora estava calmamente sentada a escrever no seu caderno, sem mostrar qualquer interesse pelo que se passava dentro da sala. O resto dos alunos assistiam chocados à cena, muitos tinham medo de se meter com eles, outros não sabiam sequer o que fazer ou dizer para acalmar o ambiente. Neste momento Holden olha para Knight com preocupação e nota que esta está a chorar. No entanto, a campainha toca para o intervalo, todos os alunos e a professora saem olhando Rafaela Knight de lado com medo ou indiferença para com ela, excepto duas pessoas, Holden e uma outra colega. A jovem Knight permanecia no mesmo lugar, em frente ao quadro de pé com a cabeça baixa chorando com raiva e angustia, Holden aproxima-se de Rafaela também com lágrimas nos olhos.
- Holden... Knight... – murmurou a colega que olhava para as duas colegas que choravam.
- Obrigada, Rafaela! Para proteger-me ficaste pior – disse a menina olhando com preocupação para a amiga enquanto limpava as lágrimas que caiam pelo seu rostro.
- Joana… Estás bem? – Perguntou Rafaela, ao olhar com preocupação para a amiga, sabia que ela sofrera com aquelas palavras.
Joana ficou chocada com a pergunta da amiga, sabia que Rafaela era assim, mesmo depois de ter sofrido daquela maneira só se preocupa com os outros. Então sorriu para a amiga e disse:
- Estou melhor que tu, não te preocupes comigo.
Joana abraçou Rafaela, e esta começou a chorar agarrada a amiga, Joana queria acalmar a amiga, mas sabia que tudo o que ela ouviu ali não era nada fácil. Rafaela ouviu na sua cabeça uma voz que era muito familiar para ela ‘’Calma! Independendo do que aconteça, tu tens os teus amigos e família contigo. Eu estou contigo!’’ Rafaela separou-se de Joana e limparam as lágrimas.
- Estou bem! Não se preocupem – dizia Rafaela tentando esconder toda a sua tristeza, revolta e dúvida para não preocupar as colegas - Obrigada Joana e Barstow – As meninas sorriram.
- etto.. Eu ainda não te conheço bem, mas pelo que vi tu não és mentirosa, por isso acredito em ti - disse Barstow sorrindo e levantando a sua mão com um lenço para Rafaela
- Obrigada – Rafaela sorriu e aceitou o lenço.
- É verdade que és uma Knight, que su… - Barstow hesitou e depois de pensar bem na palavra – giro!
- Hai! – Rafaela reparou que falou em japonês pede desculpa - eh? Gomene… nhyaa !! quer dizer desculpa – dizia Rafaela envergonhada com medo que a sua nova amiga a chamasse de louca ou assim devido ao seu japonês no meio das frases.
- waaaa! Tu também falas em japonês??!! – gritou Barstow muito alegre.
- Sim! Algumas coisas.. mas há certas palavras que utilizo em japonês
- Sugoee! Eu também – disse a menina sorrindo para a nova amiga
- Honto ni?? – notava-se que os olhos dela brilhavam como se tivesse encontrado por fim alguém que a compreendesse.
- Hai! ( * oo *) (* oo * )
Joana apenas sorria enquanto via que a sua amiga recuperava lentamente a sua felicidade com a nova colega, ao aproximar-se de Rafaela passou pela mesa de João e ficou a olhar para ela muito séria. Rafaela notou que Joana estava séria:
- Joana?
- Rafaela, olha! – disse espantada com o que via em cima daquela mesa
Continua.....
Live Like a Knight - Cap 1
Tudo bem? A história é da minha autoria e da Flávia. Este capítulo no entanto pertence-lhe. Não tenho muito a dizer... espero que gostem e boa leitura ^^No começo, o sangue.
Um cheiro longínquo, mas de sangue, sangue e carne, sangue e carne humanos. Alex correu para leste, se aquele cheiro se afastasse mais poderia chegar até o rio que cortava a floresta, se lavar, afastando seu rastro e se perder mato à dentro, bem, pelo menos é o que ele faria se fosse uma garota cuja igreja pretende queimar viva.
– Garoto! Para leste! – disse para Desespero, seu lobo cinza amarronzado, que tinha esse nome por ter ficado desesperado na primeira transformação. Tinha sido um sufoco acalmá-lo, esperava que com a garota fosse mais fácil.
Conforme foi chegando próximo ao rio mais cheiros se misturavam, cheiros da mata, da floresta, dos animais, dos frutos e das folhas, mas principalmente o cheiro da menina, um cheiro de vida misturado ao sangue e a carne. Quando parou em frente ao rio, o cheiro estava perto, forte, torceu o nariz e seguiu em frente, diminuindo a velocidade. Se perguntou se ela teria atravessado, mas nesses meses de verão, o rio ficava cheio e violento, uma garota sozinha e assustada não conseguiria atravessar a nado aquela correnteza, conseguiria? Além disso o cheiro estava forte demais, a correnteza teria encoberto boa parte dele se ela tivesse atravessado.
Poucos metros depois avistou, primeiro, foi só a sombra batendo nas pedras, mas logo, quando chegou mais perto viu os negros cabelos e as curvas da jovem, era uma garota, devia ser ainda mais jovem que ele quando entrou em Fúria, tinha cabelos lisos até os ombros e ondulados até metade das costas, pele branca e ferida, costumava a usar um vestido, mas agora tudo que sorara dele foi a parte que cobria os seios, de resto ela estava nua, tinha feito uma espécie de saia com capim seco, algo improvisado e que cairia depressa.
– Vá Desespero, xô – Alex espantou o lobo, ficar com ele por perto poderia assustar a menina.
Apesar dos esforços para ser sorrateiro, Alex nunca tinha sido bom em discrição, e logo ela ouviu sua voz e seus passos, e se levantou recuando, meio curvada, como um animal assustado, e o garoto percebeu que poderia até ser bonita se não fossem os machucados e a sujeira que formava crostas na pele e deixava o cabelo estranho e seboso. Ela abriu a boca, mas não ousou falar, conseguia farejar que ele era igual a ela, a boca aberta mostrou uma fileira de dentes vermelhos. Ela rosnou.
– Calma – o garoto levantou as mãos em sinal de paz. – Não vou te machucar, não sou da igreja.
– Não sou um bruxa! – ela gritou, como se as palavras pudessem formar um escudo entre Alex e ela.
–Você não é uma bruxa, - ele concordou - podemos conversar?
– Não se mexa! – ela disse quando ele tentou se aproximar.
– Não vou – ele parou, obediente – podemos conversar a essa distância se preferir – nessas horas a saia de grama já tinha caído, Alex puxou um manto da bolsa, quase sempre eles estavam nus, então era normal levar uma roupa para eles, jogou a manta em direção a garota que pegou e se enrolou depressa – Apenas fique aí, e eu aqui tudo bem?
Ela acenou, temerosa e com um aceno de Alex ela se sentou, estava a uns sete metros do garoto, se enrolou ainda mais no manto apertando-o contra si, como se o manto fosse tudo que ela mais amava na vida. Talvez fosse.
– Está assustada. – Alex disse, e não era uma pergunta, mas mesmo assim ela acenou, devagar – tem medo, não sabe o que está acontecendo. – Odiava Edmund por tê-lo mandado, sempre tinha sido péssimo com palavras e se descobriu com a voz falhada – pois bem, eu estou aqui para te ajudar, vou tirar suas dúvidas, espantar seus medos, eu e você, nós, nós somos iguais, somos a mesma coisa.
Ela ergueu as sobrancelhas deixando claro, não confio em você. Alex não confiaria também, não era igual ao Príncipe, que esbanjava confiança e carisma por onde andava, carrancudo, estressado e fechado para si mesmo, Alex era o tipo de pessoa que ninguém confiava.
– Não entende – ela disse se afastando levemente, como se o garoto não pudesse perceber – você não sabe como...
– ... é ficar nervoso, irritado, e de repente ser transformado numa fera gigantesca e monstruosa incapaz de misericórdia? De acordar perdido e coberto de sangue, sem saber direito o que aconteceu e ser caçado por isso? Sentir mais medo de si mesmo do que dos outros, estar perdido num pesadelo em que você é uma criatura cruel? Sim, eu sei como é. – as palavras jorraram de sua boca e o garoto se surpreendeu com seu efeito.
A garota se calou, abriu os olhos como uma criança ansiosa para ouvir uma história, e era isso que ela era, uma criança, todos são quando se transformam pela primeira vez, tenham eles vinte, trinta ou quarenta anos, tornam-se crianças quando veem que não se conheciam. Sentem medo, raiva, choram como crianças, apesar da maioria não admitir a última parte, todos choram, todos acabam chorando quando se descobrem animais sanguinários que são.
– O que eu sou? – ela perguntou.
– Um lobisomem – Alex não era de enrolar.
Para surpresa de Alex ela não demonstrou surpresa ou medo, já tinha passado dessa fase, percebeu ele, já estava há dias vagando sozinha, já tinha se acostumado mais do que muitos com a ideia. Era forte, apesar de não aparecer, poucas pessoas demonstravam tal força de vontade depois de passar por tudo que ela passou.
– Como?
– Sua bisavó, por parte de mãe. Se casou com um lobisomem sem saber, os dois sofreram um acidente, e nele eles trocaram sangue, o sangue de lobisomem é veneno, mesmo uma gota impregna no sangue e é passado de geração em geração, o marido de sua bisavó morreu e ela teve sua avó de um humano, mas o sangue da lua ainda estava nela, e foi se desenvolvendo, até desflorar em você.
Ninguém virava lobisomem, nascia assim, o sangue da lua (como era conhecido) se impregnava na pessoa, e passava para seus filhos, netos, bisnetos, tataranetos e em cada um deles o sangue ficava maior e mais forte, até que um bebê nascia com o sangue totalmente da lua. E conforme crescia, mais cedo, ou mais tarde, entrava em Fúria, e essa o transformava no monstro pelo qual eram conhecidos.
– Tenho irmãos.
– Se eles são lobisomens também? – ela falava de modo tão fraco e tão inocente, que Alex quase sentiu vontade de confortá-la, mas não era bom para isso, e ficou triste em ver que sua voz soava mais fria do que pretendia - Depende, são parecidos com seu pai, ou com sua mãe?
– Meu pai... todos eles.
– Então não – Alex suspirou aliviado, casos a menos.
Por fim, eles tiveram uma longa conversa até Emily, que o garoto descobriu ser o nome dela, confiar nele para leva-la até a alcateia. No meio do caminho duvidas surgiram e ele esclareceu todas. Mas no fim eles se entenderam, tinham ambos o sangue da lua, eram ambos a mesma fera, eram ambos jovens...
... Eram ambos monstros.
O que acharam? O próximo capítulo será sobre a outra face da moeda. Entenderam? Quem ainda não leu a sinopse vai a tempo. Até à próxima!
Eternal Fight - Cap.1
Os camiões dos circos estavam prontos a sair. A estrada parecia uma pista de brincar de um menino rico, cheia de carros.
Luka e Ruka seguiam juntas com os seus circos até ao aeroporto onde depois cada uma continuaria para o seu destino.
O aeroporto estava congestionado e mesmo com o avião reservado havia tanta gente que era impossível embarcar.
Ambas as irmãs estavam preocupadas. Se não conseguissem embarcar entretanto os animais acabariam por se transformar em pleno voo e alguém poderia descobrir. Isso e a tatuagem nos restantes membros do circo.
Quase a desesperar, e prontas para irem falar com a direção do aeroporto, sentem algo quente no peito. Puxando para fora os seus fios reparam que a pedra está quente e a brilhar. Um sinal de que outro possuidor de mistério estava por perto.
Cada um dos catorze mistérios possuía uma pedra preciosa que o representava. Luka, o sexto mistério, carregava uma pedra de jade e Ruka, o décimo mistério, carregava uma pedra de jaspe.
As irmãs entreolham-se. O facto de estarem juntas tornava-as mais fortes pois por serem gémeas, as únicas de todos os mistérios, podiam conjugar os poderes aumentando a sua força. Mas ter de proteger os circos e no meio daquela multidão era difícil. Além de ser de dia, altura em que eram mais fracas.
À medida que as pedras brilham mais intensamente elas dão as mãos num ato de tréguas e prontas a atacar.
Na porta de desembarque um homem e uma rapariga observavam a multidão. Abrindo caminho por entre a montanha de pessoas conseguem alcançar as gémeas. O olhar delas era de pura surpresa e alívio.
- Primeiro? O que fazes aqui? - É Luka a primeira a falar largando a mão da irmã.
- Que bom ver-vos novamente Luka e Ruka. Vim pedir-vos um favor.
- Favor? - Ruka cumprimenta com um aceno.
- Esta rapariga, - A jovem que o acompanhava sai detrás dele. - é o décimo quarto mistério. Acabou de despertar e preciso que a instruam.
- Porquê nós? E porquê juntas? - Luka não parecia convencida.
- Vejam isto como o expandir dos vossos negócios. Boa sorte!
O homem desaparece. Komui, o primeiro mistério. Um homem confuso de entender. A franja do cabelo caía-lhe sobre o olho esquerdo onde tinha a sua pedra incrustada, um diamante.
Quase nada se sabia dele. Era um mistério nos dois sentidos.
Komui |
Os 14 mistérios da noite - Noite 4
Ganhei sobrenome. Só não sei de onde ele veio...
Género: Aventura, Ação, Comédia, Sobrenatural, Fantasia
Indicação: +14 (a definir indicação definitiva)
Sinopse:
Para quem não conseguiu ler bem:
Nas trevas é onde as crianças surgem, e as crianças da noite não sentem, não perdoam.
Lobisomens e vampiros existem isso é um fato, mas há algo mais, há mais alguém, alguém forte, capaz de matar as crianças da noite, e com desejo de sangue no olhar. Sem recursos, sem conhecimento, sem habilidade e pegos de surpresa, eles se veem dentro de uma enorme guerra que não podem ganhar.
Mas e se a única solução for se unir? Todo o ódio de séculos deveria ser posto de lado?
As crianças que não perdoam... perdoariam?